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Tudo em família com os manos Wandinho e Janderson

Na segunda-feira, teve churrasquinho na casa da vó Santinha, na Vila Safira, no bairro Mario Quintana, zona norte de Porto Alegre. Era dia de festa para a família Azevedo. Resultado do final de semana mágico que viveram os irmãos Janderson Miguel, o Janderson, 22 anos, e Wanderson Elias, o Wandinho, 20 anos, com a camisa do São José. No sábado, Janderson, que estreava no Zeca, entrou no segundo tempo do primeiro jogo da Série D e, aos 39 minutos, acertou um chutaço da entrada da área, marcando o gol da vitória sobre o Brusque. No domingo, Wandinho, atacante da equipe Sub-20, aproveitou o cruzamento certeiro na área e completou para a rede, no ângulo, abrindo o placar da vitória do São José sobre o Brasil de Pelotas no Gauchão da categoria. Os dois foram treinar segunda de manhã e, no jogo-treino contra o time Sub-20 do Grêmio, pela primeira vez, eles jogaram juntos.
"Tomara a que seja a primeira de muitas", brinca o Janderson.
A comemoração do bom momento com a avó é também uma forma de agradecimento dos manos. Ela sempre foi a maior incetivadora da dupla. Mesmo adoentada, aos 76 anos, quando pode, assiste aos jogos dos meninos.
Foi na casa dela, na Vila Safira, que os dois mais velhos de quatro irmãos meninos começaram as dar seus chutes. Aí valia bola de meia, pedrinha, ou o que aparecesse na frente. Quando tinha uma bola então, era festa.
"Bola não durava uma semana. A gente chutava dentro do pátio, dentro de casa. Quebrava as coisas da vó", lembra Janderson.
Foi jogando nos campinhos da várzea da vila que os talentos dos dois atacantes foram observados pela primeira vez. Ali surgiu o convite para que fossem treinar no Cruzeiro, até então, sediado na Avenida Protásio Alves. Bem perto de onde a avó morava. Janderson tinha 15 anos, Wandinho, completaria 13.
O mais novo ganhou a oportunidade antes no Zeca e, mesmo ainda na base, em 2016 chegou a ser aproveitado no Brasileiro Série D. Retornou ao Sub-20, firmou-se no ano passado, e, novamente, apareceu no time principal. Foi uma das revelações na conquista da Copa Paulo Sant'Ana. Pois antes da final contra o Aimoré, havia o clássico Ze-Cruz nas semifinais. E aí, os dois irmãos se viram um contra o outro, mas só dentro de campo.
"A família ficou com dois corações, né. A mãe e a vó torceram para os dois. Quem ganhasse, estava bem", lembra o Wandinho.
Segundo o Janderson, ficou tudo numa boa depois do jogo, e da classificação do Zeca. Sem aquela zoeira báscia em casa. Ele garante, mas...
"Eu já ganhei decisão contra ele, ele ainda não não ganhou de mim", provoca o mais novo.
Janderson acabou chegando ao Zeca depois do Gauchão disputado pelo São Paulo, de Rio Grande. É a primeira vez que ele disputa um Brasileiro, e já marcou gol na arrancada.
"É uma grande oportunidade para mim", valoriza o atacante.
Essa dupla promete. Mas, os dois garantem, ainda tem outra dupla a caminho. O MIguel Júnior, filho do Janderson, tem dois anos. E o Wandinho vai ser pai pela primeira vez em junho. É quando está previsto o nascimento do Ailon. Quem sabe não repitam a parceria dos pais?

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