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"Voltei para casa", diz Rafael Jaques, o comandante dos Juniores

Foi aberta oficialmente nesta segunda-feira a temporada dos Juniores do São José, com uma novidade nada desconhecida. Rafael Jaques, que já comandou as equipes Sub-15, Sub-17 e foi auxiliar do técnico China Balbino no Gauchão de 2016, retorna ao cube para ser técnico da categoria que será retomada depois de dois anos. E assume uma missão ousada: levar o Zeca de volta à Copa São Paulo de Futebol Júnior.
O primeiro dia de trabalho foi marcado por muita conversa com os atletas e todo o trabalho de avaliação clínica dos jogadores que se apresentaram. Sob o comando do fisioterapeuta Vasyl Saciura e do médico Ricardo Mello, os jogadores passaram por uma bateria de exames que possibilitarão detectar possíveis lesões musculares e ter um perfil completo e individualizado de cada um dos jogadores. À exemplo do que já foi feito entre os profissionais, os juniores também passarão pelas avaliações funcionais, de força e fleximetria em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas.
Em campo, a gurizada já teve o primeiro contato com bola e foi apresentada ao estilo Rafael Jaques de trabalhar, O preparador físico Matheus Kihs e o preparador de goleiros Fernando Moura, que são auxiliares na comissão técncia profissional, completam a comissão do treinador.
O São José estreia no Gauchão de Juniores no dia 8 de abril, na Morada dos Quero-Queros, em Alvorada, contra o Inter. A maior parte dos jogadores está no primeiro ano da categoria, com 18 anos, e terão sequência do trabalho já feito na equipe Juvenil. Mas o grupo de jogadores terá algumas figuras já conhecidas pelo torcedor do Zeca. O lateral-esquerdo Marcelo, o zagueiro Jesus, o meia Canhoto e o atacante Kelwin, atualmente no grupo profissional, reforçam a equipe, assim como os volantes Silas e Crystopher, o zagueiro Alexandre e os atacantes Wandinho e Everton, que chegaram a participar da pré-temporada com China Balbino.
Depois do primeiro trabalho com os jogadores, Jaques conversou conosco.

A categoria dos Juniores retorna ao clube. Com que objetivo tu assumes esse projeto?
Jaques _ 
Será um trabalho com um objetivo de aproveitar um grupo de atletas de muito boa qualidade que, se não tivéssemos a categoria, ficariam inativos. E eles precisavam ter essa sequência depois de um bom trabalho no Juvenil. Do ponto de vista dos resultados, a direção deixou bem claro que o objetivo é recolocar o São José na Copa São Paulo. Sabemos que serão abertas de três a quatro vagas para o Rio Grande do Sul, a partir do estadual de 2017, no ano que vem. Então, já traçamos uma meta que é a semifinal do Gauchão.

O que representa para ti esse retorno ao São José?
Jaques _
 Aqui é a minha casa. Eu sinto que voltei para o lugar onde me sinto muito à vontade, onde cumprimento cada um e tenho amigos. Minha história no futebol é muito ligada ao clube, comecei como jogador na escolinha do Zeca, sou morador da Zona Norte. Quando fui procurado para assumir esse projeto, não pensei duas vezes. Tive um ciclo muito importante aqui dentro, treinei o Sub-15, o Sub-17 e, como auxiliar no profissional, fiz parte de um trabalho excelente que levou o clube a três títulos entre 2015 e 2016. Saí justamente porque o futebol se vive em ciclos. Eu senti que precisava me aprimorar. Fiz o curso licença B da CBF, fiz um estágio com o Roger, quando ainda estava à frente do Grêmio, conversei muito com outros treinadores e assisti muito futebol brasileiro e europeu. Tudo é aprimoramento.

Hoje no grupo profissional, entre jogadores que saíram da base diretamente ou que passaram pela base do Zeca e voltaram como profissionais, cerca de 80% do grupo tem essa marca das categorias de base do clube. É uma tradição. Como garantir que o São José mantenha essa marca?
Jaques _
 Eu diria que o principal objetivo da categoria Sub-20 é justamente amadurecer os jogadores para o profissional. Para que quando eles subam, fiquem firmes e com uma boa bagagem. À essa altura, já não se consegue ensinar o jogador a bater na bola, dar um passe ou um fundamento mais básico. É o momento do aprimoramento tático, o processo final da formação do atleta. Hoje (segunda) conversei com eles sobre isso. Sobre esse objetivo individual de subir e ficar.

E o intercâmbio com as categorias abaixo dos Juniores?
Jaques _
 A minha ideia é que o meu vestiário esteja sempre aberto a todos os professores da base. Convidei dois para serem meus auxiliares, mas tenho uma ideia de fazer esse intercâmbio com mais professores para que a gente possa trocar informações mesmo. Fazer um trabalho integrado desde lá de baixo até termos um jogador pronto para o profissional. Trabalhar com essa comunicação constante é fundamental.

(Imagem: Divulgação/São José)

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