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Subir para a Série C, esta é a meta de Milton Machado

Em 2017, completa três anos da parceria entre o São José e o Grupo Aspecir como investidor do departamento de futebol do clube. Depois de garantir até o momento o período mais vencedor da história do Zeca, foram quatro títulos em dois anos, sem contar as conquistas das categorias de base, Milton Machado, o diretor-presidente do Grupo Apecir, já traçou uma meta para este ano:
"Eu quero subir para a Série C. Chegou o momento de afirmarmos o São José no cenário nacional".
Alguém duvida? Não bastassem os títulos, desde que o investidor assumiu o futebol do São José, o Zeca acumula outras pequenas façanhas. São dois anos e meio de invencibilidade nos clássicos Zecruz e contra o Grêmio. No ano passado, o São José voltou às disputas nacionais para o que Milton Machado classifica como uma boa experiência. Agora, assegura, é para crescer.
Foi pensando na preparação para o Brasileirão Série D que ele conversou conosco.

Resta um mês para o início da Série D, o que o torcedor pode esperar do Zeca?
Milton Machado:
 No ano passado a Série D foi uma experiência para nós, mesmo tendo feito algumas boas partidas, acabamos não passando da primeira fase, mas entendemos bem como funciona a competição e as necessidades na montagem da equipe para esse tipo de campeonato. E eu quero, neste ano, fazer uma Série D de afirmação do São José. Queremos uma campanha para subir para a Série C. O grande desafio é passar a primeira fase. Depois, a evolução vem naturalmente.

E qual o principal obstáculo para chegar a esse objetivo?
Milton Machado:
 O problema, é claro, é a sustentabilidade da Série D. Não há apoios financeiros como no Gauchão, e eu tenho um compromisso de não endividar o São José. Desde que entramos, nos pautamos por fazer as coisas certas e é isso que deu maior respeitabilidade ao clube e ao Grupo Aspecir. Não é sorte, os bons resultados são consequência da seriedade desse trabalho. Muitas vezes não se consegue trazer para a Série D aquele jogador que conseguiríamos trazer no estadual, mas temos um bom planejamento.

No Gauchão, a maior dor de cabeça do torcedor esteve no ataque. Essa é a prioridade nos reforços? Um artilheiro?
Milton Machado: 
Eu gosto do 9. O típico 9. Quando trabalhamos na Ulbra e levamos aquela equipe a um nível de excelência, sempre tivemos essa figura na equipe. Já pensei em um uruguaio ou argentino, com a aquela personalidade para vestir a 9, mas é um mercado bem inflacionado. O que estamos fazendo é acompanhar todas as possibilidades. Hoje em dia é bem difícil de achar o 9, mas sem dúvida, trazer esse jogador, ou melhor, dois para essa posição de referência é a nossa prioridade para a Série D.

O que ficou de lição no Gauchão depois do susto no começo da competição?
Milton Machado: 
Acho que aprendemos, ou reforçamos, a necessidade de não ser afoito para tomar decisões. Tudo se faz com planejamento. Porque o que não apareceu no Gauchão foram mesmo os resultados, mas o São José poucas vezes jogou mal ou fez coisas erradas ao longo dos 90 minutos de cada jogo. E fora de campo tudo foi feito certo. Os jogadores foram bem amparados. Foi uma questão de a bola entrar ou não.

O que trouxe você ao São José e ao futebol? O investimento é algo fundamental para fomentar o esporte. Você se imagina longe dessa realidade?
Milton Machado: 
Eu não saio mais do futebol, porque é apaixonante mesmo. Você sofre, vibra e acaba tendo as suas satisfações. Comecei no esporte como diretor na Ulbra e acabamos indo muito bem. A partir do investimento nas categorias de base, chegamos a um patamar inimaginável para a universidade. Acabei tomando gosto pelo futebol. Quando a Multisom se afastou do São José vimos uma boa oportunidade de valorizar a marca do Grupo Aspecir e repetir aquele sucesso. Acho que os resultados são gratificantes até agora. E ainda estamos crescendo.

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