Prestes a completar mais uma semana da pré-temporada, o trabalho da comissão técnica com o grupo de jogadores é puxado. Por vezes, chega ao limite dos atletas, mas no Passo d'Areia, todos sabem que este é um momento de acumular energia para aguentar a temporada pesada que vem pela frente.
"É o momento de dar o máximo e ficar preparado da melhor forma possível, porque depois vai fazer a diferença. Também é um período importante para ajustes, tanto na parte física quanto na tática, de entrosamento entre todos no grupo", valoriza o lateral-esquerdo Dudu Mandai.
Na avaliação do preparador físico Martinho Inácio, o planejamento do período de pré-temporada está sendo cumprido á risca. E com os resultados esperados.
"O grupo está no nível que esperávamos neste momento. Tivemos um período importante para fazermos as avaliações detalhadas de cada atleta, e isso é fundamental para determinarmos como será a manutenção do trabalho ao longo da temporada inteira", diz.
Eventuais caras feias em meio às sequências de exercícios não assustam o comandante da parte física da equipe.
"É normal que neste período alguns jogadores sintam um pouco, mas eles estão evoluindo muito bem. Depois das avaliações, conseguimos compreender os desequilíbrios na preparação, que neste grupo são bem pontuais. A partir de agora, estamos focando mais na elevação de potência e velocidade nos nossos trabalhos diários", explica Martinho.
Uma rotina um pouco mais complicada para o meia Rafinha, que desta vez chegou mais tarde do que o restante do grupo de jogadores.
"É mais difícil, porque até agora há pouco eu estava em ritmo de jogo. Mas eu reconheço que é muito importante aproveitar o momento da pré-temporada para acumular essa energia. Vai nos possibilitar dar o máximo o ano todo", acredita o jogador que estava emprestado ao Náutico no Brasileiro Série B.
ADAPTAÇÃO - Mas a pré-temporada no São José não é importante apenas para garantir um bom condicionamento físico. Se o piso do Passo d'Areia muitas vezes é um aliado da equipe, a adaptação a ele é fundamental. Depois de um ano no clube, Dudu Mandai agora é um dos "professores" neste quesito.
"O jogador sofre um pouco no início, porque o domínio e a condução da bola são diferentes, mas agora já estou melhor adaptado do que um ano atrás, quando cheguei no clube", garante o lateral.
Na turma dos novatos está o atacante Juninho.
"É bem diferente, ainda mais de onde eu venho. Lá no Ypiranga, se jogava com grama alta, e isso também exigia uma adaptação toda especial. Os jogos ficavam mais lentos. Aqui, não. O jogo fica rápido e mais tocado. Isso é positivo pela característica do nosso time e minha. Eu tenho habilidade, acho que não vai demorar muito para estar adaptado ao piso", diz.
No encerramento da semana de preparação, o Zeca faz, às 18h desta sexta, mais um jogo-treino contra o Sindicato dos Atletas, no Passo d'Areia.
(Imagem: Rafaela Meditsch)